Alfabeto sem
juízo
(Poema seguindo a estrutura do " Abecedário sem
juízo" de Luísa Ducla Soares)
A é a Andreia, a
cavalo numa colmeia.
B é o Belchior, quer armar-se em maior.
C é a Célia, nada com a Amélia.
D é o Daniel, com chichi rega o malmequer.
E é a Ema, na cabeça leva uma pena.
F é o Frederico, come “Pão Rico”.
G é a Guida, fez uma ferida.
H é a Hélia, é divertida mas parece séria.
I é o Inácio, parte um dente com um crustáceo.
J é o João, faz corridas com um cão.
K é o Kevin, fala sobre mim.
L é o Leonel, tem macacos no anel.
M é a Mariana, come a sopa com banana.
N é o Nuno, toma banho dentro de sumo.
O é a Olívia, todos os dias vai à Bolívia.
P é a Patrícia, entra de girafa na polícia.
Q é o Quim, no estádio cheira a jasmim.
R é o Rodrigo, a beber água do umbigo.
S é a Sara, engasgada com uma vara.
T é a Tatiana, dá uma cambalhota numa liana.
U é o Ulisses, na escola só faz tolices.
V é a Vitória, não sabe a história.
W é o William, deita-se de manhã.
X é a Xénia, parte as costelas a fazer a vénia.
Y é a Yolanda, desafina na banda.
Z é o Zeca, foi ao barbeiro e ficou careca.
Alunos do 2º ano, EB
A Lã e a Neve
Eu
sou o verdadeiro lobo da história “O Capuchinho Vermelho” e tenho fama de ter
assustado a menina e de ter comido a avozinha. Mas, podem crer, essa versão é
falsa e eu vou contar a verdadeira história.
Cerdo
dia, andava eu a apanhar florinhas silvestres, na floresta, quando encontrei
uma menina com um capuchinho vermelho, que levava uma cestinha com comida para
a avó. A menina foi muito antipática, porque não respondeu à minha saudação.
Então, eu disse-lhe:
-
És muito malcriada, porque não me cumprimentaste.
-
Vai dar uma curva! – respondeu o Capuchinho Vermelho, muito arrogante,
virando-me as costas e dirigindo-se para a beira do rio.
Começou
a comer o lanche que era para a avozinha e mastigava depressa e com a boca
muito cheia…
Eu
fiquei furioso e gritei-lhe:
-
És mal-educada, glutona e não respeitas a tua avó, que coitada, esperava essa
comidinha…
Ela
virou-me as costas, desequilibrou-se e caiu ao rio.
Eu
fiquei muito alarmado e corri para casa da avozinha para avisá-la que a sua
neta corria perigo.
A
pobre senhora ficou tão assustada com a minha presença que quase teve um ataque
cardíaco.
Um
caçador ouviu os gritos, começou a disparar a sua caçadeira, mas por sorte, só
me acertou numa orelha… então vim parar ao parque zoológico onde ainda hoje me
encontro.
Ah!
Já me esquecia, o Capuchinho Vermelho é uma excelente nadadora, saiu da água e
foi para casa toda fresca…
Alunos do 4º ano da EB a Lã e a
Neve