No âmbito da comemoração do MÊS
DOS AFETOS, a Equipa da BE lançou um desafio às turmas deste agrupamento
que constituiu na criação de um texto coletivo alusivo à Amizade.
Após leitura cuidada dos trabalhos recebidos, o júri selecionou
como texto vencedor a “História improvável entre o peixe Gentil e a atriz de
cinema Maria Tristonha” criado pelos alunos da turma 6º1. A relação afetuosa
que nasce entre as personagens, o percurso de vida da atriz e o final feliz fizeram
com que esta fosse considerada a mais
criativa.
A todos os envolvidos, docentes e discentes, agradecemos a
colaboração. A todos serão atribuídos um Certificado de Participação.
Todos os textos foram
publicados no Boletim Pêro. Destacamos o vencedor.
História improvável entre o peixe Gentil e a atriz de cinema Maria
Tristonha.
Maria era uma rapariga que vivia num orfanato. Era
conhecida por Maria Tristonha, pois andava sempre de rosto caído, com um ar
muito triste, porque, para além de não ter família, nunca conseguia fazer
amigos.
De manhã, tinha como hábito ir para um parque onde
havia um bonito lago, com um peixinho laranja. Todos os dias, Maria Tristonha
lhe lia um livro diferente. Ele adorava as suas histórias e ansiava diariamente
pela sua chegada.
Com o passar dos tempos, tornaram-se cada vez mais
íntimos e desenvolveu-se entre eles uma grande amizade.
Certo dia, enquanto lia o livro “Todos os meus
sonhos”, Maria revela-lhe o seu grande sonho: ser atriz!
- Sabes, peixinho, o meu verdadeiro sonho é viajar
pelo mundo e tornar-me uma atriz famosa.
De repente, o peixe dá um salto para a beira do
lago e responde:
- Maria, sempre ouvi dizer que o sonho comanda a
vida. Tenho a certeza que o teu sonho será em breve uma realidade. E eu vou
ajudar-te!
A rapariga refletiu sobre o assunto durante vários
meses, até que ganhou coragem de abandonar o orfanato e tentar a sua sorte.
Antes de partir, foi despedir-se do seu amigo peixe, que lhe ofereceu um mapa.
- Segue este mapa, Maria. Aí encontrarás tudo o
que procuras e serás muito feliz! - transmitiu-lhe o peixinho gentil.
Maria agradeceu, e com uma lágrima nos olhos,
partiu sem olhar para trás.
Passaram dias e noites, e dias e noites, até que
finalmente chegou ao local assinalado no mapa. Era uma conhecida escola de
teatro em Coimbra. Maria ficou
deslumbrada e entrou de imediato. Foi recebida por uma senhora muito simpática,
que lhe disse que a aguardava já há algum tempo.
- Mas como? Terá isto sido obra do meu amiguinho
peixe? - pensou a rapariga.
Maria Tristonha desempenhava cada papel que lhe
era atribuído de forma incomparável, e todos estavam encantados com ela.
Um professor que a admirava pelo seu talento,
convidou-a para ir consigo para Londres estudar numa das maiores escolas de
teatro do mundo. Ela não hesitou e aceitou o convite.
Chegados lá, o professor apresentou-a ao Diretor
da Escola. E algo surpreendente aconteceu. As semelhanças entre eles eram
evidentes. Seria ele o pai desaparecido de Maria Tristonha???
A rapariga contou-lhe toda a sua história e ambos
reconheceram que só podiam estar ligados por laços familiares. Tudo aquilo
parecia ser um sonho. Maria Tristonha deixou finalmente de aparentar estar
triste para mostrar o seu sorriso a todos os que a rodeavam. Era agora uma
rapariga muito feliz, faltava-lhe apenas uma coisa. O seu querido amigo peixe.
Determinada a reencontrá-lo, regressou à sua terra
natal e procurou-o. Fê-lo da forma que sempre fez. Levou consigo o livro “Todos
os meus sonhos”, que leu em voz alta.
Foi num instante que o peixe se aproximou da beira
do lago e lhe disse:
- Estou muito orgulhoso de ti, Maria! Espero nunca
mais voltar a ver-te triste!
Maria agradeceu, com um grande sorriso nos lábios,
e por ali ficaram embrulhados num livro, como sempre fizeram.
TURMA 1, 6º ANO
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