Pequenos escritores
No âmbito da rubrica “Pequenos Escritores”,
o aluno Tiago Alberto da turma 6º9 escreveu os textos que seguem.
O cão e o
professor
Na linda cidade de
São Francisco, vivia um professor já de 56 anos chamado Levi Brown e ele morava
também com a senhora Mila, sua mulher, e eles tinham uma filha chamada Mary
Brown.
Caía neve por todos
os lados e estava a chegar a época de Natal, e Mary pediu aos seus pais um cão
alemão.
- Nem pensar Mary! - costumava dizer a senhora Mila.
Já o professor Levi
não se importava. A rotina dele era quase sempre a mesma. Levi Brown acordava
de manhã, tomava um café e ia até à estação de São Francisco para apanhar o
comboio até à Universidade de Las Vegas, sítio onde dava aulas. Mary Brown
continuou a insistir um cão alemão, então a senhora Mila não teve opção.
Certa manhã, a senhora Mila disse:
- Professor Levi, não te esqueças de quando voltares, vais
à receção da estação e trazes o cão alemão para a tua filha.
O professor Levi
Brown teve um dia de aulas tranquilo, mas esqueceu-se completamente do cão.
- Onde está o raio do cão? – gritou a senhora Mila.
O professor Levi deu meia-volta e voltou à estação para
receber o cão alemão. O pequeno cão era muito fofo e o senhor professor até
disse:
- Ah, meu deus! Nunca vi um animal tão fofo!
- Peço desculpa, é para si? – perguntou o senhor da receção.
- Sim é! – respondeu o senhor professor.
O cão alemão era
muito peludo e pequenino, o que fez o professor Levi ficar maravilhado. Quando
chegou a casa, a filha do professor ficou tão ou mais maravilhada como o
professor com o cão alemão.
- Vamos chamá-lo de Amora! – disse a menina.
- Não, Faísca! – disse o professor Levi.
- Não me digas que tiraste esse nome do filme “Carros” em
que a personagem principal é o Faísca! – exclamou a sua mulher Mila.
- Não disseram para eu ir buscá-lo? Pronto, então está
decidido. – disse.
A filha e a mulher do professor ficaram a ver o professor
dar uma tigela de leite ao cão alemão.
- Não tens idade para estas coisas! – disse a senhora Mila.
Mary Brown teria
pedido o cão alemão, mas o cão alemão foi literalmente para o professor. Levi e
Faísca viraram inseparáveis e todos os sábados eles faziam uma caminhada no
parque e aos domingos eles davam um passeio à beira-mar.
Já nos dias de semana
o professor Levi acordava de manhã com Faísca, dava-lhe uma tigela de leite e
iam até à estação onde o professor partia. Às 17:30, Faísca saía de casa e ia
até à estação ter com o senhor professor.
Alguns anos depois,
Mary tornou-se independente e casou com o doutor Henry e eles juntos foram
morar para Marselha, local onde o doutor Henry tinha nascido. O doutor era
alérgico a cães então Mary Brown não levou Faísca para a alegria do professor
Levi Brown.
Certo dia, a rotina
do senhor professor e de Faísca foi diferente.
Era um dia frio, de
neve e de manhã foi normal, Faísca foi com o professor Levi até à estação, mas
lá pelas 17:00 da tarde, a senhora Mila recebeu uma ligação a dizer que o
professor e o seu comboio tinham batido numa pedra e ninguém do comboio tinha
sobrevivido. A senhora Mila não conseguia acreditar e chorava ao ver Faísca a
ir todo feliz para a estação, mas o professor Levi não iria voltar. Faísca
ficou dois dias à espera do professor, mas ele nunca voltara.
Alguns dias depois,
no funeral do professor Levi Brown, só existia lugar para as lágrimas, e Faísca
nunca mais voltou a sorrir e também nunca mais voltou para casa, ou seja,
Faísca nunca mais saiu dali, do caixão do seu amigo professor.
E isto sim, é uma
verdadeira amizade.
Pipas salva o Natal
Numa bela cidade, havia uma criança
que se chamava Pipas e ela apenas tinha 6 aninhos. Pipas gostava de todas as
celebrações, mas havia uma que Pipas adorava, o Natal.
Ela era muito fã
do Pai Natal e todos os anos na véspera de Natal ela colocava um prato de
bolachas e um copinho de leite, e em todas as manhãs quando ela ia à sala de
estar, as bolachas e o copo de leite já tinham desaparecido. Todos os Natais
ela perguntava aos pais onde vivia o Pai Natal e porque era tão gordinho, mas a
resposta era sempre a mesma: Não sei!
Pipas estava farta
e queria conhecer mais. Portanto perguntou aos pais se eles a podiam levar à
terra do Pai Natal, embora os seus pais tivessem dito que eles não sabiam. Os
pais de Pipas finalmente disseram onde era a casa do Pai Natal, mas que era
impossível de lá chegar de carro. Pipas não queria deitar fora a possibilidade
de conhecer o seu maior ídolo, portanto disse que podiam ir de avião.
Os pais de Pipas
disseram vezes sem conta que era má ideia, mas Pipas forçava-os a que eles a
deixassem ir. Eles acabaram por deixar e a viagem de avião foi tranquila, mas
demorou 11 meses! Quando chegaram à terra do Pai Natal já só faltavam alguns
dias para o Natal.
Pipas e os pais
acabaram por encontrar a casa do Pai Natal onde foram bem recebidos.
- O que fazem aqui? – disse o Pai Natal, a chorar.
- Viemos visitá-lo, mas porque está a chorar? – disse
Pipas.
- Este ano não há Natal! Acabaram todos os meus presentes,
os meus duendes adoeceram e metade das minhas renas faleceram.
- Meu deus! Lamento muito! – disse a mãe de Pipas.
- Podemos ajudá-lo? – disse Pipas.
- Vocês por acaso conseguem usar aquelas máquinas e criar
novos brinquedos para mim?
- Eu sei! – disse o pai de Pipas.
- Então podem entrar! – alegrou-se o Pai Natal.
O Pai Natal não
acreditava no que estava a ver. O pai de Pipas fazia um novo brinquedo a cada 5
segundos! Dez vezes mais rápido do que qualquer duende! E assim, em apenas duas
horas de trabalho, o pai de Pipas criou mais de 600 brinquedos. O Natal podia
não vir a acabar graças à família de Pipas. Mas Pipas ainda queria fazer umas
perguntas.
- Pai Natal, porque és tão gordinho?
- De certeza que é das bolachas que como todos os anos!
- Porque vive aqui?
- Gosto do frio e da neve, mas, porque me fazes essas
perguntas?
- Não sei, é que eu sou muito fã do senhor!
Depois de longos
três dias, o pai de Pipas criou mais de 10.000 brinquedos!
- Pronto Pai Natal. Agora já vai haver Natal! – disse
Pipas.
- Não sei… Não consigo sozinho! – respondeu o Pai Natal.
- Será que podemos ajudar? – perguntou Pipas.
- É uma ótima ideia! Vamos começar!
E desta maneira o
Pai Natal, a Pipas e os pais dela começaram a distribuir brinquedos pelo mundo.
- Estou a viver um sonho! – gritou Pipas.
- Muitas crianças sonham com isto, minha jovem! És uma
criança de sorte! – disse o Pai Natal.
Eles distribuíram
todos os presentes, e desta maneira a Pipas salvou o Natal.
Vários anos se
passaram e Pipas decidiu seguir caminho no ensino e todos os anos contou a sua
aventura com o Pai Natal, mas infelizmente às vezes algumas criancinhas não acreditavam,
mas normalmente as crianças acreditavam sempre.
O Pai Natal? Ele
viveu feliz para sempre, os seus duendes ficaram melhor, ele conseguiu
encontrar novas renas, portanto tudo correu bem para o lado do Pai Natal. Mas
houve uma coisa que ele não conseguiu. Ser magrinho!
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